quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crianças que não sabem brincar...


É uma triste realidade que a cada dia se confirma. Eles não sabem brincar!
O mundo moderno tem subtraído o que as crianças tem de melhor que é a imaginação. Eu vejo essa realidade todos os dias, não só na escola, mas entre filhos de amigos e até mesmo na minha própria família. O fato é que cada dia se brinca menos, cada dia mais as crianças querem amadurecer precocemente junto dos seus jogos eletronicos e seu computador esquecendo a melhor parte dessa festa que é a infância.

É triste ver como eles tem dificuldade em compreender uma brincadeira que exija concentração, criatividade, imaginação. Mais triste ainda, é a terrível sensação de fim quando na verdade a atividade nem começou. A ansiedade para que tudo chegue a um objetivo final anula todo o processo lúdico e por consequência a aprendizagem que seria concretizada através do brincar.

Estamos criando crianças sem paciência, sem cooperação em grupo, individualistas e incapazes de sonhar e imaginar. Não estou aqui generalizando, mas sim observando um processo que vem aos poucos dominando toda a sociedade, também não estou me referindo à arte especificamente assim como existem outros conhecimentos que o lúdico nos oferece.

O que nos resta? Aos pais, refletir sobre essa mudança, dar atenção e brincar com seus filhos em casa de maneira participativa e não só de corpo presente. A nós, educadores, a tentativa incansável de reverter este quadro e a busca por um equilíbrio entre tecnologia, evolução, aprendizado e imaginação para que nossas crianças não se tornem adultos escravos do mundo moderno e sem capacidade de criar, sonhar.

2 comentários:

Hilda Helena Raymundo Dias disse...

Oi querida!
Amei seu espaço!Estou te seguindo tá?
Na Escola Infantil dos meus sonhos o Faz-De Conta seria uma coisa muito séria!Nela as brincadeiras infantis seriam usadas mesmo para entender a cabeça dos pequenos e também para ser possível dar aulas melhores.
Brincar seria um direito da criança e o profesor seria obrigado deixar a turma se divertir na classe e a aprenderem a usar essa atividade na classe!A brincadeira e a sua utilização na sala de aula transmitiria conteúdos,ajudaria a conhecer a personalidade das crianças e saber quais seriam as dúvidas e os conhecimentos dela.
Brincando, a criança aprendenderia a lidar com o mundo e formar sua personalidade.Recriaria situações do cotidiano e experientaria sentimentos básicos,como amor e medo.Não deixaria nunca o profissional confundir brincadeiras com recreação e jogos didáticos.EStas ferramentas são importantes e valiosas.Mas não exercitam o faz de conta, o que é fundamental para o ser humano.Isso só a brincadeira faz!!!
Nela seria criados espaços para que essas brincadeiras acontecerem ,pois é de forma espontânea e autônoma como brincar no tanque de areia,de casinha,de médico....que as coisas deixam de ter sua função real e se transformam.
Teria muita recreação,pois o movimento é mais mais do que a imaginação,porque não têm necessariamente dimensão simbólica mas está associada a movimento e gasto de energia como acontece nos jogos cabra-cega ,cabo de guerra...e nela a recreação passa a ser uma realidade.

Com medidas simples e muita imaginação eu faria da sala de aula uma oficina de brincadeiras ...
Nela as crianças estabeleceriam as regras de convivência.Pois o espaço da escola tem de ser como o espaço do jogo:o jogo, para ser divertido e fazer sentido, tem de ter regras. Já imaginaram um jogo de vôlei em que cada jogador pode fazer o que quiser? A vida social depende de que cada um abra mão da sua vontade, naquilo em que ela se choca com a vontade coletiva. E assim vão as crianças aprendendo as regras da convivência democrática, sem que elas constem de um programa….
Um abração!!!!

Anônimo disse...

Olá Cissa!

Realmente o que vc postou é a nossa realidade. Algumas das minhas crianças não sabem nem brincar de roda, elas fecham a roda, aceleram, diminuem, deixam a roda disforme... é complicado.

Quem culpar? Não sabemos. Nas escolas onde trabalho eu NUNCA vi uma professora pegar a turma uma vez por semana e fazer uma roda, cantar cantigas folclóricas, fazer brincadeiras. Elas preferem desabar uma caixa de brinquedos de montar sobre a mesa e deixar as crianças montando lá, quietinhas enquanto elas lêem revista. É triste.

Por outro lado hoje as crianças nem na rua saem mais. E se saem, aprendem coisa errada. Eu, quando criança, joguei amarelinha e brinquei de roda, mamãe da rua, elefantinho colorido até cansar, meus joelhos viviam ralados. Hoje as crianças não sabem mais o que é isso.

Por isso eu insisto nas brincadeiras folclóricas e de roda. Acredito que são uma importante ferramenta para o desenvolvimento psicomotor e social da criança. Que bom ver que outros educadores pensam como vc!

Um grande beijo e continue nesse gás!

Isabela